terça-feira, 5 de agosto de 2008

MEF - Movimento Estudantil da Farmácia

Quando entramos na universidade muitas experiências novas farão parte de nossas vidas e uma delas é a realidade de que a universidade brasileira não está como deveria. Sabendo que a qualidade do ensino superior público ou privado é nosso direito, o estudante se organiza, se movimenta e começa a lutar por ele.
Na Farmácia, o movimento estudantil (MEF) luta por uma formação onde tenhamos contato com os princípios e a realidade do Sistema de Saúde do país, contato com a população, conhecimento de legislação e qualidade no conhecimento técnico. A sua atuação aparece em várias instâncias de representatividade:
» Centro Acadêmico da FCF (CACIF), mais diretamente;
» Executiva Regional dos Estudantes de Farmácia (EREFAR), em nível regional (Estado de SP);
» Executiva Nacional dos Estudantes de Farmácia (ENEFAR), em nível nacional.
Para as discussões, os estudantes de Farmácia de todo o país reúnem-se uma vez por ano no esperadíssimo ENEF (Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia).
Conheça o MEF, pois o estudante que participa dele pode tornar-se um indivíduo questionador e atuante e será, assim, uma peça chave para que as mudanças que tanto necessitamos possam então acontecer!

MOVIMENTE-SE !!!

Ato Médico

O Projeto de Lei 025/2002, que institui o Ato Médico, é de autoria do ex-senador Geraldo Althoff (PFL/SC). O texto da matéria, que já sofreu algumas modificações, ainda condiciona à autorização do médico o acesso aos serviços de saúde e estabelece uma hierarquia entre a medicina e as demais profissões da área.

O Conselho Federal de Medicina - CFM afirma que a medicina precisa regulamentar o exercício de suas práticas profissionais, utilizando o argumento histórico de que há dois mil anos não existia um rol de profissões ligadas à saúde, ficando todo diagnóstico e prevenção sob controle dos médicos, num claro objetivo de retomar o controle do mercado.

Em campanha contra essa proposta e trabalhando com base no princípio da multidisciplinaridade na promoção da saúde, adotado pelo SUS - Sistema Único de Saúde, profissionais de diferentes categorias da área de saúde defendem que o CFM se volte para o campo democrático do debate e trate o assunto com uma visão menos corporativista, na tentativa de ampliar a discussão para melhorar o atendimento aos cidadãos. Os médicos podem e devem trabalhar a regulamentação de sua profissão, como forma de a sociedade reconhecer a competência específica desses profissionais, mas não em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde.

O texto atual do PL propõe o retorno a um modelo falido de atenção à saúde, centrado no atendimento clínico, individual, medicamentoso e hospitalocêntrico, o qual não encontra respaldo nem nos organismos internacionais de saúde nem na legislação brasileira, que se valem de um conceito ampliado de saúde e de cuidados.

A discussão envolve todos os profissionais de saúde. A luta tem de ser a favor de ações de saúde que possam tornar o atendimento mais democrático, amplo e eficaz. Os Conselhos Federais e Regionais de Biologia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutricionistas, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia permanecem em constante campanha contra o projeto do Ato Médico, demonstrando que o conceito de saúde é muito mais amplo do que apenas o de ausência de doença.

Para saber mais sobre o Ato Médico e para ficar por dentro das notícias atuais sobre o assunto, acesse: www.naoaoatomedico.com.br Participe dessa campanha pela não desvalorização da nossa profissão!